A Constante Aventura do Amor
Essa é a alegria do amor: A exploração da consciência. Se você relaciona-se, e não reduz isso a um relacionamento, assim o outro tornar-se-á um espelho para você. Explorando-o você estará explorando a si mesmo também. Aprofundando-se no outro, conhecendo seus sentimentos, seus pensamentos, seus mais profundos movimentos, você estará conhecendo suas mais profundas agitações também. Amantes tornam-se espelhos um para o outro, e assim o amor torna-se uma meditação. Relacionamento é feio, relacionar-se é belo.No relacionamento, ambos ficam cegos um para o outro. Basta pensar; quanto tempo faz que você olhou para sua esposa olho no olho? A quanto tempo você não olha para seu marido? Talvez anos. Quem olha para a própria esposa? Você já tem como certo que a conhece. Que há mais lá para olhar? Você está mais interessado nos estranhos do que nas pessoas que você conhece – você já conhece toda a topografia do corpo dela, você sabe como ele responde, você sabe que tudo que aconteceu irá repetir-se novamente e novamente. É um ciclo repetitivo.Isso não é realmente assim. Nada nunca se repete; tudo é novo a cada dia. Somente seus olhos envelhecem, sua presunção envelhece, seu espelho acumula poeira e você se torna incapaz de refletir o outro. Desse modo eu digo, relacionem-se. Ao dizer relacionem-se eu quero dizer permaneçam continuamente numa lua de mel. Prossigam procurando, buscando um ao outro, encontrando novas maneiras de amar um ao outro, encontrando novas maneiras de estar um com o outro. E cada pessoa é um mistério tão infinito, inexaurível, insondável, que jamais será possível que você possa dizer, “eu a conheci”, ou, 'eu o conheci'. No máximo você pode dizer, 'eu tentei o melhor que pude, mas o mistério permanece um mistério'.Na verdade, quanto mais você conhece mais o outro se torna misterioso. Desse modo o amor é uma aventura constante”.
Osho: The Book of Wisdom
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