Trechos de um poema de Yogananda descrevendo o supremo estado de consciência que pode ser atingido por intermédio da meditação.
"Levantados os véus de luz e sombra, Evaporada toda a bruta da incerteza, Singrando para longe todo o amanhecer de alegria transitória, Desvanecida a turva miragem dos sentidos. Tu és Eu, Eu sou Tu, o Conhecer, o conhecedor, o Conhecido, unificados! Palpitação tranqüila, ininterrupta, paz sempre nova, eternamente viva. Deleite transcendente a todas as expectativas da imaginação, beatitude do samadhi! Om sopra sobre as vapores, descortinando prodígios mais além, Oceanos desdobram-se revelados, elétrons cintilantes, até que, ao último som do tambor cósmico(*), Transfundem-se as luzes mais densas em ralos eternos De bem-aventurança, que em tudo se infiltra. Imaculado é meu céu mental - abaixo, à frente e bem acima, Eternidade e Eu, um só raio unido. Pequenina bolha de riso, eu Me converti no próprio Mar da Alegria."
(*) Om: vibração criadora que deu origem e mantém toda a criação.
Paramahansa Yogananda
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