...A MENTE COMO FONTE DE ESCRAVIDÃO OU LIBERTAÇÃO
A mente é o portal de entrada para este planeta em que vivemos. A mente faz parte do ego (Ahamkára) e é um instrumento para a busca e o resgate de conhecimento. Mas a mente também pode ser a fonte de libertação ou de escravidão, dependendo de como a condicionemos. Sim, porque tudo é condicionamento neste mundo. Desde que nascemos somos condicionados a compreender os mecanismos materiais pelos quais passaremos durante um curto ou longo período nesta dimensão. A mente poderá nos conduzir para estados elevados de consciência, assim como para estados mais baixos de percepção. O segredo está, portanto, em como usar a mente e dominá-la.
A possibilidade de luz ou de escuridão está presente em nós. Podemos vir a ser "iluminados" ou podemos nos manter na ignorância (Avidya). A mente nada mais é do que um instrumento que precisamos aprender a tocar. Mas a mente tem oscilações. Ora está bem, ora está mal. Às vezes está alegre e eufórica; outras vezes, triste e deprimida. A mente oscila entre a angústia e a não-angústia.
A mente não é algo diferente do corpo, ela está no corpo e faz parte dele como algo sutil. A mente pode ser anestesiada, drogada e manipulada. Mas a mente também pode ser controlada, dominada e superada. Existem muitos caminhos por onde o homem poderá conquistar ou perder a sua consciência espiritual. Se usarmos alguma droga, médica ou não-médica, ou se usarmos o álcool, afetaremos o nosso estado mental. E a mente estando afetada, o corpo perderá seu controle. E padecendo, passaremos a dizer coisas boas e ruins, ora conscientes, ora inconscientes. Neste instante, a mente conduzirá o homem para estados diferentes de consciência. O homem viverá seu inferno em diferentes graus e níveis, mas não encontrará o conhecimento correto (Pramana), nem a bem-aventurança (Ananda).
O sexo muito facilmente poderá tornar-se algo maravilhoso ou uma "droga grosseira" que poderá conduzir-nos aos mecanismos mais obscuros do nosso abismo interior, caso o indivíduo envolva-se com as energias mais baixas criadas pelas fantasias e imaginações desvirtuadas do homem. Contudo, o oposto também é verdadeiro, ou seja, o processo de imaginação poderá tornar-se algo bom, produzindo criatividade e genialidade de criação. Dessa forma, as cinco modificações da mente são: o conhecimento correto, o conhecimento errado, a imaginação, o sono e a memória.
Os processos mentais denominados de Chittavrittis deixam registrados em nossa mente impressões subconscientes (Samskára). Estas impressões, também conhecidas como "memórias", produzem tendências comportamentais diversas (Vásanas) e que se formam e se agrupam pela lei dos semelhantes, uma das nove leis cósmicas. Estas tendências ficam ocultas influenciando sobremaneira a nossa vida psíquica. Quando uma destas tendências se atualiza, transforma-se imediatamente num hábito novo, que se aprofunda em nosso subconsciente criando ou fixando padrões de comportamento, e assim por diante. Isto significa que, se um hábito não for superado, suprimido ou sublimado, ele se transformará num vício e isto implicará na repetição do mesmo gerando conseqüências diversas em nosso corpo e mente. Portanto, a mente pode tornar-se a fonte de escravidão ou de libertação para o ser humano.
Um comentário:
obedecendo a lei da polaridade em um de seus aspectos aplicada ao plano mental,
a mente, por meio do desnvolvimento do intelecto, torna-se libertadora
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